“... desta vez, no entanto, eu venho como o vitorioso Dionísio, que transformará o mundo numa festa...
Não que eu tenha muito tempo...”
- Nietzsche
(em sua ultima carta “insana” a Cosima Wagner
“Sonho que se sonha só
É sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto
É realidade”
- Canção Prelúdio, Raul Seixas,
1973, d’aprés Yoko Ono
O teatro Ressonante tem tomado forma a pouco mais de alguns meses, apesar de seu embrião ser mais antigo e estar enraizado em minha cabeça a alguns anos, sua autoria real não é minha, e como todas as criações humanas, é sim, fruto de um processo que tem a participação de um grande coletivo de pessoas muitas anônimas, outras nem tanto.
Tentando traduzir uma idéia e suas impressões em palavras, o Teatro Ressonante é aquilo que seu nome propõe, um instrumento que ressoe nas mais diversas áreas da vida, é teatro em sua forma menos preocupada de ser e mais intrínseca ao ser humano, com intento de que sua música e som se propague e como uma proposta de visão diferente, é a proposta de construção, dentro do nosso tempo profano, um tempo x, especial e de significado, e dentro do nosso espaço conturbado, um espaço pí (π) que seja uma singularidade significativa.
Assim, com o esforço e o uso de certas técnicas que vem sobretudo do articulador do teatro ressoante, o Fou, o leve mestre-aprendiz animador que ao mesmo tempo pertence e é fora do baralho, é possível construirmos um espaço em qualquer espaço com suas regras próprias e seu funcionamento social independente.
Como criar uma microrealidade nas brechas e rachaduras da realidade consensual, acredite, não é difícil, estamos fazendo coisas assim o tempo todo, mas poucas vezes no coletivo ou tomando consciência do feito, crianças em suas brincadeiras de faz-de-conta criam microrealidades alternativas á velocidade de cada respiração ou batimento cardíaco. Vamos relembrar essa habilidade de Criar Universos.
E assim, criar um ambiente independente com suas funções dirigidas à humanização da pessoa e sua compreensão e visão, enquanto sendo um e ao mesmo tempo um coletivo (ibu). Propiciando dentro de um espaço ético livre das pressões “reais” e monólitos de poder, para a construção de uma realidade onírica palpável para o desenvolvimento de relações, princípios e atitudes coletivas e saudáveis. Para isso o Teatro Ressonante conta com uma linguagem própria de todos, a Asa’pili ou Idioma do Mundo, que traduz de uma maneira simples, em palavras os conceitos que queremos.
E aqui no Psico-Epistolário, pretendo ter um diário virtual sobre o desenvolvimento das ações, e quem sabe conseguir a participação de gente para contribuir com essa criação.
Espero ter sido claro!
abraços!
"Post para a Ynaê
que se esforça
pra me entendê."
:]
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um cara feliz, diga o que achou, seja lá o que for...