Tenho facilidade em falar de muitas formas, mas não necessariamente de me expressar.
"Mas como isso? quem fala se expressa não é?" - Grita a jovem pensando em clicar no link do orkut e parar de ler essa postagem.
"Não necessariamente, e para ser mais preciso, raramente." - Responde o descabelado jovem de pernas cruzadas.
Hoje em sonho, o que já me era óbvio, se tornou claro. Mas antes de prosseguir sobre o sonho, uma introdução sobre o que Carl Gustav Jung, o psiquiatra alemão que praticamente estruturou o conceito de subconsciente, pesava sobre os sonhos:
"Há sonhos comuns e sonhos arquetípicos, que são profundamente simbólicos e revestidos de grande poder revelador para quem sonha. Sonhos são uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação, ou seja, ela evidencia através de figuras, a necessidade de atenção a uma determinada área ou situação de sua vida desperta. Assim, a interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a psicologia analítica, na busca por equilíbrio e qualidade.
Personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam tornar consciente conteúdos do inconsciente. Entre essas personagens, estão a anima (força feminina na psique dos homens), o animus (força masculina na psique das mulheres) e a sombra (força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade). Esta última, nos sonhos, são os vilões. Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra), para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de idéias. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individualização."
Logo, sonhos não são bobagens.
Em meu sonho, ficou evidenciado a qualidade do serviço que ando exercendo, através da figura de um professor péssimo que imitava as minhas aulas miméticamente, que sendo ministradas por ele me foram reveladoras e incômodas.
Ensino um: Demandar maior esforço no Ensino e na qualidade com que esse ensino é passado.
Através do rosto de uma pessoa que me é cara (sob a face de anima), me foi mostrado minhas atitudes ante outros seres humanos, e pela quebra do ego, onde minha natureza foi dividida, meu eu consciente (o sonhador) foi mostrado vulnerável as ações do meu eu social (travestido no corpo da pessoa e da anima).
E na boa, eu sou muito chato!
E na boa, eu sou muito chato!
A sombra, o adversário, foi claramente a centralização de importância na figura social e o sentimento reprimido que a expansão do eu social causava nas outras pessoas.
Ensino dois: Não reprima as pessoas próxima com a sua presença, nem permita que elas não expressem seus sentimentos e vontades, antes, crie um ambiente propício para isso.
Após o sonho acordei sensivelmente abalado e com o ímpeto de exorcizar esses pensamentos, quando na verdade, um ação consciente de auto-análise e criticidade é a alternativa correta.
E isso é parte do que tento fazer aqui.
Ensino Final: Muitas vezes falei, mas poucas vezes me expressei. As pessoas que amo merecem ter seu espaço de construção comigo e em mim, e não apenas a aparente participação em minha vida quando na verdade oculto meu coração em um silencioso (de mim) barulho.
: ] Thanks God
Thanks Mr. Sandman and Dr. Jung.
Nota 01: Sandman é um puta personagem criado por Neil Gaiman para o título Sandman da revista em quadrinhos adulta Vertigo. Vale a pena a leitura AGORA.
Nota 02: Obrigado as irmãs Simioni (Grazi e Gê) que foram as primeiras a me ouvir falar sobre esse sonho e pegaram ainda a "informação bruta" extremamente densa e difícil de entender (traduzido na resposta das duas: Ge "Ha." e Grazi "que loucura").
Pior que é assim mesmo.
ResponderExcluirMeus sonhos sempre fazem referencia ao que eu penso, ou quero. haha
Mas que bom que soube interpretar o seu, espero que seja útil :)
eu também espero ^^
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